sábado, 8 de junho de 2019


Resenha: Boku no Hero

Aqui está uma resenha que custou a sair. Como de outras vezes, Boku no Hero foi uma indicação que recebi do meu irmão e não animei para conferir. Tempos depois, vendo memes no Instagram (adoro!), acabou surgindo uma curiosidade sobre a série. Não deu outra: zerei os duzentos capítulos do mangá em cinco dias. É uma história surpreendente e preciso dizer o porquê.

Título: Boku no Hero (My Hero Academia ou Acadêmia de Heróis)
Gênero: Anime/Mangá Shonen
Autor: Horikoshi Kouhei
Capítulos: em andamento
Episódios: em andamento

Sinopse: A história situa-se nos dias atuais, exceto que indivíduos com super-poderes tornaram-se comuns por todo o mundo. Um garoto chamado Izuku Midoriya não possui poderes, mas continua a sonhar.

A sinopse definitivamente não faz jus ao enredo. Primeiramente, estamos falando de um mundo em que 80% da população possui poderes sobre-humanos, chamados de individualidade – ou quirk. Esqueça aquele lenga lenga de esconder as habilidades especiais. Aqui, a sociedade se adaptou a essa “evolução” da raça humana. Os poderes são ostentados com orgulho e, quanto mais incrível a individualidade, mais prestigiado é o seu dono.

Claro que não é as mil maravilhas, afinal, se tratando de pessoas, sempre há àquelas dispostas a usarem suas habilidades para o mal. Considerando isso, uma nova categoria de profissionais surgiu para apaziguar a situação: os heróis.

Sim! Em Boku no Hero o herói tem registro profissional e é comissionado segundo o número de casos resolvidos. É uma sacada muito legal para quem se pergunta de onde a Liga da Justiça tira dinheiro para manter um QG flutuando no espaço – será que o Batman banca tudo?

Em um universo repleto de seres com as mais loucas individualidades, o que é realmente esquisito é nascer sem uma delas. O caso do nosso doce protagonista, Izuku Midoriya. Porém, mesmo sendo diferente, Izuku carrega um sonho comum à maioria dos jovens: se tornar um herói. Para isso, além de lidar com as limitações do próprio corpo, ele precisa enfrentar a desconsideração de todos ao seu redor.


Tive vontade de pegá-lo no colo nesse início. Principalmente ao ver o tratamento que recebia de Bakugou – o personagem mais odioso da série!

Eu não tinha pegado muitos spoilers na primeira leitura, então acreditei firmemente que Izuku fosse dar a volta por cima e mostrar ao mundo que não precisava de uma individualidade para ser herói – tipo o Batman mesmo. Uma ideia frustrada assim que All Might entrou na jogada.


All Might é nada mais, nada menos do que o herói número um, conhecido como Símbolo da Paz. Também é a maior fonte de inspiração de Izuku. Os dois se encontram enquanto All Might persegue um vilão. Por ironia do destino, Izuku acaba descobrindo a verdadeira forma do grande herói:


Após uma vida de intensas batalhas, o corpo de All Might sofreu duros golpes. Por conta disso, ele anda à procura de um sucessor digno de herdar o seu poder, o One for All.

Imagina quem é escolhido!


Mas uma individualidade não é o bastante para ocupar a posição do Símbolo da Paz. Ainda mais quando o usuário é um garoto que está entrando no ensino médio. Izuku tem um longo caminho a trilhar, e nós acompanhamos seu desenvolvimento dentro da Yuuei, a principal academia de heróis do Japão.

Boku no Hero me conquistou. Simplesmente. O autor entrega algo inovador apesar de trabalhar com um tema bem batido. Só o fato de Izuku ser um protagonista tímido, fraco e emotivo já o põe em oposição a muitas outras obras. E a cartela de personagens é sensacional.

All Might, por exemplo, é uma pessoa que eu adoraria conhecer na vida real. Integro, dedicado ao bem alheio e totalmente firme em seus valores. Sua personalidade ainda guarda uma pitada de bom humor e doses cavalares de carisma. Dá para entender como ele chegou à posição de número um.

A classe 1-A, da qual Izuku faz parte, também possui muitos – muitos mesmo! - personagens emblemáticos. Ochako, Tsuyu, Kaminari, Kirishima, Todoroki são todos estudantes que dão duro para se tornar grandes heróis. Claro que há suas exceções, e é nelas que reside Bakugou.

Ele até que tem apresentado certa evolução ao longo da história, mas sua personalidade agressiva, competitiva e arrogante não me desce de jeito nenhum. Ainda mais se tratando de um aspirante a herói.


É interessante perceber que em Boku no Hero há uma distinção muito clara entre os heróis e os vilões – tanto que é assim que os bandidos são chamados. Essa linha divisora é tão engessada que a própria sociedade começa a questionar esses papéis. Ideologias opostas ao “falso heroísmo” surgem dividindo a opinião pública e incrementando o cenário da história.

Boku no Hero é envolvente. Temos ação, drama, personagens incríveis e o All Might, que por si só deixa o enredo fantástico. Essa semana foi lançado o capítulo 231 do mangá. A quarta temporada do anime estreia em outubro desse ano – ainda não parei para assistir. Vale a pena dar uma conferida nessa obra e conhecer esse mundo novo e fascinante.
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