quarta-feira, 18 de julho de 2018


Para Lljj do futuro: O que mudou?


Escrever um artigo por semana é um desafio pessoal. Mesmo que todo esse projeto tenha uma pegada mais espontânea, encaro isso como um dever solene. Não chega a ser uma obrigação; só uma forma de praticar a escrita falando sobre coisas que me interessam... Pensando nisso, aos quarenta e cinco do segundo tempo, criei esta série de postagens intitulada Meus Jeans Viajantes, na qual usarei minhas citações preferidas da quadrilogia A Irmandade das Calças Viajantes, de Ann Brashares, como marco direcionador dos textos.

Sou uma amante de frases de efeito. Daquelas que superam o passar dos anos e continuam a ecoar na mente; trazendo risos, lágrimas e, muitas vezes, reflexões. Tenho um caderno cheio delas! Saíram de livros, filmes, mangás, músicas, poesias e até de memes. Porém aquelas que retirei dos livros da Irmandade das Calças Viajantes são, sem dúvida, os pontos altos do meu caderninho.

Esbarrei nesta série quando eu estava no ensino fundamental. O enredo gira em torno de quatro amigas que encontram uma calça jeans “mágica”, e se revezam para usufruir dos “poderes” desta peça. Não conclui a leitura da saga por falta de oportunidade, mas o que li foi suficiente para me acompanhar até os dias de hoje. Um dia, talvez, eu faça um post específico sobre a história.

As citações que usarei ao longo das postagens saíram dos dois livros iniciais. São subtítulos dos capítulos, por isso não sei se Ann Brashares é a autora original dos mesmos. Se alguém identificá-los como sendo propriedade de outro autor é só avisar.

Sem mais enrolação, a citação-tema de hoje é:
Não há nada como voltar a um lugar que permanece inalterado para descobrir de que maneira você próprio mudou.
Profundo, né? E totalmente o meu momento!

Daqui a quatro semanas embarcarei no voo rumo ao Rio Grande do Sul. Na última segunda-feira, animada com a câmera do celular, sai pelas ruas do meu bairro testando minhas habilidades como fotografa. Registrei na memória do aparelho o cenário em que vivo desde que me entendo por gente. São as mesmas ruas, as mesmas ladeiras, os mesmos muros e as mesmas árvores que tenho visto há 22 anos. Pensar que não serão mais os mesmos quando eu regressar me deixou tão incomodada...

Pior é que cheguei a uma conclusão: até quando a gente quer mudar, a gente não quer mudar!

Pior é que cheguei a uma conclusão: até quando a gente quer mudar, a gente não quer mudar!

Sonhar com a mudança é diferente de vivê-la. O novo é imprevisível, o que torna o processo assustador. A pressão aumenta a cada passo, pois voltar atrás é um retrocesso inconcebível. Entre o ponto de partida e a linha de chegada existe a angustia do meio-termo: o mero sonhador ficou no passado; o realizador bem-sucedido está no futuro; e no presente? O que eu sou?

Minha vida deu uma virada de 360° desde junho de 2017. Como já comentei, eu não era muito proativa, apenas me adaptava às mudanças ao redor. Tenho que admitir que era imensamente mais fácil. Sem decisões complexas, sem responsabilidades próprias, sem considerações profundas... só ia. Acabei parando em um lugar insuportável, sendo mais infeliz do que achava ser possível. Não foi legal; aprendi a lição.

Mas aqui estou: os dedos a milímetros do troféu, as conquistas desabrochando para a luz, e a perspectiva de mudança me incomoda. Ah, a complexidade humana...

Vou guardar esta postagem com a citação do livro e as fotos do meu lar como um presente para a Lljj que regressará da viagem. Sabe Deus o que ela sentirá diante dessas lembranças. Agora, controlo o medo fixando a mente no seguinte pensamento: a mudança sou eu.


Lar - 16/07/2018
Compartilhe
Comentários
0

0 comentários:

 
lljj. - COPYRIGHT © 2018 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.
LAYOUT E PROGRAMAÇÃO HR Criações