quarta-feira, 19 de dezembro de 2018


Um dia em Belo Horizonte

Por conta de erros de cálculo, acabei perdendo um dia livre durante a ida de Poços de Caldas para Belo Horizonte. Cheguei na capital mineira ao anoitecer, consciente que só poderia pagar duas noites no hostel. Cansada, com fome e cheia de roupas para lavar, não consegui sair após efetuar o check-in. Só tive o dia seguinte para conhecer a cidade. O suficiente para deixar um gostinho de quero mais na boca.

Já que o tempo era curto, levantei cedinho e peguei o ônibus urbano em direção ao Centro. Meu destino era a Praça da Liberdade, que conta com um circuito riquíssimo de instituições culturais e artísticas em seu entorno. A praça estava interditada para obras, então tive que me contentar em ver a vista por sobre os tapumes que a cercavam.


Minha primeira parada foi no Memorial Minas Gerais Vale. Um prédio muito bonito que me fez perder longos minutos debaixo do sol quente até sua abertura – eu havia chegado cedo demais. E é interessante apontar que em Minas basta o sol raiar para que o calor fique quase insuportável. Foi um contraste absurdo em relação ao frio que passei no Rio Grande do Sul. E é tudo no mesmo país, minha gente!


Sinceramente, não tenho como descrever as horas que passei no Memorial Minas Gerais. São três andares de prédio histórico, com inúmeras salas e alas que vão desde exposições históricas a apresentações multimídia. Eu poderia ter passado o dia inteiro lá e não teria visto tudo com a profundidade que queria.


O acervo cultural e histórico de Minas Gerais é brilhantemente aliado com tecnologias que fazem o visitante interagir com as obras. Além do cuidado e beleza com que cada espaço é organizado. Me senti uma criança curiosa para descobrir qual surpresa a sala do lado me proporcionaria.


Quando cheguei no último andar, pensando seriamente em refazer todo o trajeto até o início, a manhã já havia ido embora. Deixei meu respeito e admiração às portas do Memorial e segui para o prédio ao lado, onde se encontra o Espaço do Conhecimento UFMG.


Meu principal interesse nesse centro cultural era o Planetário. Descobri que ele só abriria a noite para uma apresentação. Fiquei por lá para conhecer os andares de exposição, porém, após a visita no Memorial, o Espaço do Conhecimento precisaria se esforçar muito para me encantar. Ele quase conseguiu.



Após a visita, andei pelas ruas do centro em busca de algum lugar para almoçar. Preciso dizer que, além da comida mineira ser sem comparação, os preços em oferta são de emocionar qualquer mochileiro falido. Paguei dez reais num self-service sem balança com suquinho incluído. Faltei chorar de felicidade.

De barriga cheia, segui a indicação do Maps e caminhei até o Mercado Central. Estava ansiosa para conferir se ele era como o de São Paulo – que é incrível! O espaço era bem menor, mas vi coisas interessantes enquanto andava pelas galerias.


Voltei para a rua escaldante rumo ao último passeio do dia, no Parque Municipal. Um lugar amplo, arborizado e animado por dezenas de frequentadores. Me lembrou o Parque Redenção, em Porto Alegre, tirando os 35° de temperatura.


No dia seguinte, satisfazendo um desejo antigo, embarquei em uma viagem de trem para Governador Valadares. A experiência diferente marcou minha partida para o último destino do roteiro. Estava indo para casa.

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