quarta-feira, 1 de agosto de 2018


Sete dias para uma tragédia

Faltam apenas sete dias. Sete dias. SE-TE DI-AS. Estou surtando!

A citação-tema de hoje define bem a complexidade do meu estado de espírito.

Há duas tragédias na vida:
Uma é não conseguir o que o seu coração deseja.
A outra é conseguir.
.
Vivo a tragédia da conquista!

Em fevereiro, quando decidi dar asas aos meus sonhos de viagem, encontrei um calendário surrado no escritório do trabalho. Despretensiosamente, risquei a data daquele dia, 14/02, quarta-feira. Repeti a ação no dia seguinte. E no seguinte, seguinte, seguinte até aquele gesto entrar na minha rotina matinal. Ao chegar no escritório, colocava a bolsa no canto da mesa, ligava o computador e, enquanto ele iniciava, abria a segunda gaveta da escrivaninha. Ali, com vários artigos pessoais, estava o calendário.

Cada dia riscado era um dia a menos naquela prisão; era a promessa de que aquele pesadelo teria fim e minha vida começaria de verdade. Contava os dias, calculava a quantidade de horas, e me obrigava a ter paciência. Precisava juntar dinheiro suficiente para comprar a liberdade

Claro, a história não aconteceu exatamente como eu planejava. A vida segue um roteiro próprio, difícil de entender. Ao longo dos últimos seis meses, entrei em situações inesperadas, conheci pessoas maravilhosas e umas outras bem furrecas; também fiz coisas que não esperava fazer, aprendi mais do que poderia imaginar e percebi o quanto posso ser corajosa.

No dia 14/06, recebi a rescisão do contrato como auxiliar de escritório. Após acertar as contas com a empresa, fui em um rodízio de crepes comemorar a ocasião. Até então, nunca havia comido crepes. É gostoso!

Desde junho minha atenção está voltada aos preparativos para a viagem e o desenvolvimento de Preciosas. Por costume, continuei marcando os dias no calendário, porém, contraditoriamente, passei a desejar que passassem mais devagar. Queria mais tempo para me organizar, pensar, ficar em casa sem fazer nada…


Contagem regressiva

Percebo agora que estou confortável nessa fase pré-viagem. É como se não houvesse uma etapa além disso; um objetivo maior do que perder horas pesquisando hostels no Google. Na próxima semana, entrar no avião será o mesmo que subir para o nível very hard da parada. É incrível, e até estúpido, o quanto anseio e receio conseguir.





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Uma história para levar na mochila
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