sábado, 27 de outubro de 2018


Do Mirante Gelain para a Serra Gaúcha: Nova Pádua e Flores da Cunha

Como comentei no post Caxias do Sul: o não-lugar, passei quase três semanas em Flores da Cunha, mais precisamente no Mirante Gelain, com o anfitrião do Couchsurfing, Marcos. Juntos fizemos diversos passeios dentro e fora de Flores, por isso aqui inicia mais um longo relato que será dividido em partes. Vamos lá?

Antes de mais nada, preciso apresentar os principais personagens dessas futuras postagens, pois eles serão citados com muita frequência. E o primeiro de todos é o Mirante Gelain.


O Mirante Gelain, junto à Cascata Bordin, formam um ponto de ecoturismo em Flores da Cunha. O espaço, administrado pelo Marcos há cerca de quatro anos, oferece área para camping, trekking, rapel e outras atividades ao ar livre. Também conta com um ponto de apoio no qual se vende lanches e bebidas, que é onde o Marcos mora.

O Marcos, meu anfitrião, é um senhor (aceita que você é um senhor Marcos!) que durante treze anos mochilou de bicicleta pelo mundo afora. É difícil achar alguma coisa que ele já não tenha feito ou algum lugar em que já não tenha estado. Comunicativo e cheio de energia, é a pessoa ideal para se estar quando se quer conhecer um lugar novo. Foi a melhor companhia que eu poderia ter encontrado.


Os outros moradores do Mirante são a Lara, o Costela e a Filó.A Lara é uma cadela amorosa e corajosa que conhece todas as trilhas ao redor do Mirante. Vira e mexe ela guia alguns grupos de visitantes até a Cascata Bordin.


O Costela foi adotado há pouco tempo e, como um bom caçula mimado, gosta de mordomias como dormir no sofá, ganhar petiscos e colinho.


A Filó é uma calopsita barulhenta e geniosa. Não tenho fotos dela, porque nossa relação não foi tão próxima – mesmo dentro da gaiola ela me dava medo.

Apresentados os personagens, vamos a minha chegada ao Mirante. Na verdade, depois de ter me buscado em Caxias do Sul, o Marcos não me levou diretamente para casa. No maior espírito de anfitrião, ele me levou para conhecer um pouco de Nova Pádua e Flores da Cunha, cidades pequenas e vizinhas.

Era um dia de tempo claro e sol quente. Passeamos de carro pelo centro de Flores antes de partimos para as regiões interiores de Nova Pádua onde a natureza é um espetáculo a parte. São muitas montanhas, cachoeiras, córregos e grutas. As trilhas são fechadas; algumas leves, outras dificílimas. Campos cultivados se estendem pela paisagem, em sua maioria de parreiras.



Pretendo explorar essa veia ecoturística do Rio Grande do Sul em Preciosas. Planejava fazer minhas pesquisas em Cambará do Sul, onde os cânions são um chamariz aos aventureiros. Mas há opções imperdíveis lá mesmo na Serra Gaúcha, sendo o próprio Mirante Gelain uma delas.


Quando chegamos no Mirante já passava do horário de almoço. E é bem na hora da fome que é possível identificar o estilo de viagem que um mochileiro realiza ou realizou. Por sorte, o estilo do Marcos batia com o meu. O lema era: sendo comida já está ótimo. Aliás, o que mais fizemos nos dias seguintes foi comer. Inclusive encontrei um meme para descrever esses dias:


Esse post já está grande demais. Continuo na próxima postagem.
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