terça-feira, 30 de outubro de 2018


Do Mirante Gelain para a Serra Gaúcha: Picada Café, Gramado e Canela

Esse título ficou monstruosamente grande, mas tenho esperanças que não aconteça o mesmo com o texto.

Picada Café é um município de colonização alemã, vizinho à Nova Petrópolis. Com uma população de cerca de cinco mil habitantes, a cidade é pequena, pacata e fofíssima. Dá vontade de pegar no colo!


O Marcos sugeriu uma visita à Picada Café quando comentei o quanto queria ir a um café colonial. Lá, em tese, os preços seriam mais em conta que em Gramado e Canela, cidades que também estavam no programa do dia. A ideia era comer em Picada Café, depois partir direto para Canela e parar em Gramado quando estivéssemos voltando. Um bom plano.

Saímos de Flores da Cunha pela manhã num trio composto por Marcos, sua namorada e eu. O dia estava nublado, mas a previsão não marcava chuva, então a empolgação para o passeio estava lá em cima. Tudo indicava que seria perfeito... exceto o fato de não encontrarmos nenhum café colonial aberto...


Rodamos por muito tempo. Já era quase uma da tarde quando nós demos por vencidos e paramos para almoçar num buffet livre de Picada Café. A comida era gostosa, a carne era feita na hora, mas o espaço no meu estômago destinado a receber o café colonial ficou contrariado. Talvez na próxima.


Depois de comer, fomos até a ponte submersa que há na cidade. O nível do rio estava alto devido as fortes chuvas, por isso não cruzamos a ponte – era arriscado o carro se afogar. Fiquei bem impressionada com o cenário. Imaginei algumas cenas de aventura envolvendo personagens que não temem imprevistos.


Já bem atrasados no cronograma, seguimos para Gramado e Canela. De barriga cheia, foi fácil encarar a longa viagem. Também tinha a minha INCRÍVEL playlist para ocupar o tempo.


Chegamos em Canela já bem de tardinha. A primeira parada foi no Castelinho Caracol, uma construção histórica que se mantêm bem conservada.


De lá, retornamos ao centro de Canela para visitar a Catedral de Pedra. Aqui cabe uma observação: ambas as cidades, Gramado e Canela, estavam lotadas de turistas, o que transformou a busca por uma vaga de estacionamento num jogo do tipo Encontre o Wally.


Fiquei meio desnorteada ao ver as ruas de Gramado tão cheias. Fazia tempo que eu só circulava pelas cidades pequenas e tranquilas da Serra Gaúcha. O fluxo contínuo de pessoas se concentrava na entrada das muitas chocolaterias. É tanto chocolate que um diabético passaria mal só de andar por ali.

Já que estávamos lá – e nenhum de nós tinha diabete –, entramos numa Florybal para fazer um lanche. Achei o ambiente uma graça, lembrava o filme A Fantástica Fábrica de Chocolate. Os preços já não eram tão bonitos assim, mas a taça de chocolate quente que tomei valeu cada centavo.


Admito que não estava muito interessada em Gramado por ser uma cidade turística. O turismo de massa costuma tornar a relação entre visitante e visitado extremamente superficial e mecânica. Além, é claro, de encarecer o custo de vida dos moradores locais.

A atividade turística também gera umas coisas difíceis de engolir, como o preço dos cadeados da Fonte do Amor em Gramado. Era o único ponto que realmente me chamava a atenção durante as pesquisas pré-viagem. Tinha – e ainda tenho – vontade de descrever uma cena romântica nessa fonte. Mas saber que cobram 30 reais por um cadeado que vai ser deixado ali foi broxante. E o pior: a galera paga! Eu ia preferir gastar esse dinheiro num lanche com o mozão.


Chegamos no Mirante Gelain bem depois do sol se pôr. O plano não havia sido cumprido rigidamente, porém me senti satisfeita com o resultado do dia quando me deitei para dormir. Na verdade, apaguei assim que encostei na cama. Acredito que o cansaço, nesses casos, seja o indicador que a missão foi cumprida.
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