Anos atrás, encontrei esse texto num livro didático do ensino médio. Era de filosofia ou história, não lembro qual. Apenas recordo que estava num capítulo que falava sobre o Antigo Egito. Acabei transcrevendo-o para meu caderninho de poemas. Queria compartilhá-lo. Hoje é uma quarta-feira melancólica.
Diálogo do homem com sua alma
A morte está hoje diante de mim como a cura depois de uma doença.
Como a liberdade depois da prisão.
A morte está hoje diante de mim como o perfume da mirra.
Como estar sentado sob a vela do barco em dia de vento.
A morte está hoje diante de mim como o momento que cessam as intempéries.
Como o momento em que se volta para casa depois de uma expedição.
A morte está hoje diante de mim como um clarão no céu.
Como a descoberta daquilo que se ignorava.
A morte está hoje diante de mim como o momento em que o homem deseja rever seu lar depois de ter passado anos no cativeiro.
Autor desconhecido
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