Eu estava empolgadíssima com o conteúdo novo que abriria esse mês de fevereiro. Tenho uns quatro posts prontinhos que seriam postados ao longo da última semana se não fosse o temporal que abalou o Rio de Janeiro na quarta passada. Tinha que ser quarta! Desde então minha luz fica indo e voltando diariamente, encontrar Wi-Fi está sendo como achar água no deserto. Não estranhem o teor pessimista da citação-tema desta semana. Sequer sei se terei luz para postar esse texto.
O vai e vem da energia está tirando a melhor em cima do meu humor. Para ferrar de vez a situação, a chuva de quarta destruiu grande parte das ruas da minha comunidade, carregando na correnteza os canos de água que abastecem o morro. Resumindo: estou sem luz, sem internet e com um estoque limitado de água potável.
Ontem, após outro alerta de tempestade, fiquei observando atentamente as mudanças no céu. A tarde foi quente e sem nuvens; me deixou mais confiante para enfrentar a noite turbulenta que a previsão marcava. Meus vizinhos se apressaram para limpar as calhas, desentupir canos e fazer o possível para que a água encontrasse escoamento. Quando a prefeitura declarou ponto facultativo para hoje, vi muitos ânimos ficarem mais apreensivos. Inclusive o meu.
A chuva da semana passada me assustou. Muito. E olha que já passei por umas tempestades bem sinistras. Os boatos só tornam tudo ainda mais tenso. FakeNews do WhatsApp é fichinha perto do que rola no boca a boca de uma favela. Mas, Deus seja louvado, sobrevivemos para mais um dia; mesmo que sem luz.
A chuva foi forte durante a madrugada, o barulho do vento me deu um medinho básico, mas a casa resistiu e pude dormir com certa tranquilidade. Acordei com luz e Wi-Fi, consegui mandar uma mensagem de “tô viva” para os meus pais antes que a escuridão ocupasse a casa. Agora é só esperar e ouvir as diferentes versões que meus vizinhos têm para a tempestade. Alguns disseram que não ouviram nada, outros, que não pregaram os olhos por conta dos trovões. Estão todos inteiros e isso já é bom o suficiente.
A previsão para o dia é de mais água, um chuvisco constante que está atrapalhando os reparos da companhia de energia. Terei outro almoço à luz de velas. Ok, ok... os pobres são feitos de teimosia, ninguém aqui se dá por vencido. Sobreviveremos.
Sábado tem resenha, a primeira do ano. E se não for neste, será no próximo. Sem desistir! Também haverão novos dias de postagens, assuntos novos a abordar. Em breve, com certeza. Até mais.
Postagens anteriores da série Meus Jeans Viajantes:
Para Lljj do futuro: O que mudou?
Uma história para levar na mochila
Sete dias para uma tragédia
Época de ouro
O problema
O vai e vem da energia está tirando a melhor em cima do meu humor. Para ferrar de vez a situação, a chuva de quarta destruiu grande parte das ruas da minha comunidade, carregando na correnteza os canos de água que abastecem o morro. Resumindo: estou sem luz, sem internet e com um estoque limitado de água potável.
Ontem, após outro alerta de tempestade, fiquei observando atentamente as mudanças no céu. A tarde foi quente e sem nuvens; me deixou mais confiante para enfrentar a noite turbulenta que a previsão marcava. Meus vizinhos se apressaram para limpar as calhas, desentupir canos e fazer o possível para que a água encontrasse escoamento. Quando a prefeitura declarou ponto facultativo para hoje, vi muitos ânimos ficarem mais apreensivos. Inclusive o meu.
A chuva da semana passada me assustou. Muito. E olha que já passei por umas tempestades bem sinistras. Os boatos só tornam tudo ainda mais tenso. FakeNews do WhatsApp é fichinha perto do que rola no boca a boca de uma favela. Mas, Deus seja louvado, sobrevivemos para mais um dia; mesmo que sem luz.
A chuva foi forte durante a madrugada, o barulho do vento me deu um medinho básico, mas a casa resistiu e pude dormir com certa tranquilidade. Acordei com luz e Wi-Fi, consegui mandar uma mensagem de “tô viva” para os meus pais antes que a escuridão ocupasse a casa. Agora é só esperar e ouvir as diferentes versões que meus vizinhos têm para a tempestade. Alguns disseram que não ouviram nada, outros, que não pregaram os olhos por conta dos trovões. Estão todos inteiros e isso já é bom o suficiente.
A previsão para o dia é de mais água, um chuvisco constante que está atrapalhando os reparos da companhia de energia. Terei outro almoço à luz de velas. Ok, ok... os pobres são feitos de teimosia, ninguém aqui se dá por vencido. Sobreviveremos.
Sábado tem resenha, a primeira do ano. E se não for neste, será no próximo. Sem desistir! Também haverão novos dias de postagens, assuntos novos a abordar. Em breve, com certeza. Até mais.
Postagens anteriores da série Meus Jeans Viajantes:
Para Lljj do futuro: O que mudou?
Uma história para levar na mochila
Sete dias para uma tragédia
Época de ouro
O problema
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