quarta-feira, 23 de outubro de 2019


Um tour pelo meu acervo literário

Esse título passa uma impressão muito chique, como se eu fosse conduzi-los pelas portas duplas da minha biblioteca particular e apresentá-los as estantes e estandes de livros que compõem o meu acervo pessoal. Só que não, né!


Eu tenho horror a manter livros em casa. Horror! Acredito piamente que o sonho de todo livro é rodar pelo maior número de mãos possíveis. Deixá-los restritos a minha estante me faz sentir como aquelas pessoas que engaiolam pássaros. Também tenho um sério problema chamado pobreza que sempre limitou meu consumo literário ao acervo disponível em bibliotecas públicas. O que não é nada ruim, já que bibliotecas são demais!

Os poucos livros que tenho atualmente se dividem em três categorias: 1) presentes que recebi de pessoas especiais; 2) “encalhados” que não consegui passar para frente; e 3) livros que não faço ideia de onde vieram. São dos mais variados gêneros, autores e idades – alguns até mais velhos que eu. Ficam acumulando poeira na estante e me julgando silenciosamente por deixá-los de lado.

Mas hoje é dia de brilhar! Então vamos começar esse passeio literário.


Primeira parada: O Pequeno Príncipe, ícone da seção infantil


O Pequeno Príncipe, escrito por Antoine de Saint-Exupéry, é um clássico da literatura mundial. Conta a história de um piloto de avião que se vê perdido no meio do Deserto do Saara após uma pane mecânica. Enquanto cuidava do problema, o piloto acabou sendo abordado por um homenzinho extraordinário que pediu para que lhe desenhasse um carneiro. Estranho, né? Pois é apenas o início de uma viagem pelas veredas dos sentimentos humano.

O livro está carregado de reflexões e mensagens a cerca de relacionamentos. Quem nunca ouviu a famosa frase “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”? Foi tirada desse singelo livrinho.

Ainda me admiro em saber que passei as duas primeiras décadas da minha vida sem conhecer essa história. Tempos atrás, um colega de trabalho pôs fim a essa falha ao me emprestar o livro. Nunca mais o encontrei para fazer a devolução. Prometi guardar com carinho até o dia da entrega.

Representando a ala oriental, O Livro dos Jovens


Com toda a sinceridade do meu pobre coração, não faço ideia de como esse livro parou em minhas mãos. Um dia, arrumando meu armário, me deparei com o verde intenso dessa capa. A cor não tinha nada a ver com os cavalos, ao mesmo tempo que os cavalos não tinham nada a ver com o título, que também não se conectava com o Seicho-No-Ie escrito no rodapé. O contraste de tudo formava um grande ponto de interrogação. Acabei lendo para descobrir do que se tratava. Gostei.

O Livro dos Jovens, de Masaharu Taniguchi, traz uma pegada autoajuda baseada na filosofia Seicho-No-Ie. Uma leitura gostosa, com ótimas passagens e conselhos valiosos. Mantenho-o comigo enquanto não encontro um guardião disposto a apreciar seu conteúdo.

Romance e mistério esperam em Da Próxima Vez


Escrito por Marc Levy, Da Próxima Vez se desenrola no glamoroso universo das artes. Jonathan, um americano perito em pinturas, está em busca de um quadro misterioso que será leiloado em uma galeria de Londres. Ele deseja avaliar se a obra é um original do século XIX, pintada pelas brilhantes mãos de Vladimir Radskin, ou uma mera falsificação da galerista, a jovem Clara. Enquanto a investigação acontece, Jonathan e Clara chegam a uma estranha conclusão: eles já se encontraram antes... Em Londres... Há mais de um século...


A história é ótima! Não sei por que ainda não fiz uma resenha. Um romance tão denso, envolvente, que fala de artes, almas gêmeas e reencarnação, sem dúvida, merece ser post inteiro aqui no blog. O livro também está na categoria daqueles que não sei como pararam na minha casa. Simplesmente apareceu, como se brotasse do chão. Queria eu que todos os livros “brotados” tivessem essa mesma qualidade.

Hora de refletir com As Cinco Pessoas Que Você Encontra no Céu


Escrita por Mitch Albom, a história traz como protagonista Eddie, um mecânico de um parque de diversões, que sofre um acidente fatal no seu aniversário de 83 anos. Após sua morte, no céu, ele descobre que há cinco pessoas o esperando para lhe mostrar o verdadeiro significado que sua vida teve. Interessante, né? As ideias pós-morte propostas pelo enredo são curiosíssimas. O desenvolvimento de Eddie ao ir encontrando as suas cinco pessoas é emocionante. Muitas mensagens ficaram gravadas no meu coração. Aliás, nesse post do meu aniversário de 22 anos citei uma das minhas passagens preferidas do livro. Vale a pena conferir.

É outra resenha que preciso fazer.

Pausa para poesia com Transparências - Evidências da Vida e da Alma


Ganhei esse presente mais que especial do autor, Adão Wons, durante a Feira do Livro de Cotiporã-RS. Foi meu primeiro contanto com uma coletânea de poesias. Até então julgava algo muito rebuscado para o meu gosto. Bobeira.

Transparências possui versos dedicados a natureza, reflexões sobre amor e solidão, pensamentos de liberdade. Resumindo: quebrou meus preconceitos. Desde então já li outras duas coletâneas poéticas. Virei fã do gênero.

A resenha da obra está aqui. Vale muito a pena dar uma olhada e conhecer mais a fundo esse trabalho incrível de um autor nacional.

Lenços a postos! A Cabana vai custar algumas lágrimas


A Cabana, de William P. Young, foi outro presente maravilhoso. Recebi de um amigo no dia do meu aniversário de 17 anos. Lembro de iniciar a leitura na mesma semana, porém, até hoje, não consegui chegar ao fim. Acabei sufocada por lágrimas na metade do livro. Ainda não reuni coragem para encará-lo novamente.

Mack Allen, o protagonista, é um pai que teve sua filha caçula raptada, assassinada e, praticamente, engolida pela terra, pois nunca encontraram seu corpo. Após anos do crime, ainda consumido por culpa e desolação, Mack recebe um bilhete escrito por Deus convidando-o a voltar à cabana onde a tragédia aconteceu. Ele vai, e... coisas acontecem. Coisas que ameaçam transformar seu coração em pó.

Um belo livro.

Pistas estão espalhadas por todos os lados em Assassinatos na Academia Brasileira de Letras


Eu. Adoro. Esse. Livro!

Assassinatos na Academia Brasileira de Letras foi o primeiro livro que li do Jô Soares. Até então nem sabia que ele era escritor. Erro feio, erro rude! O cara é um gênio da ambientação histórica. Dá para sentir em cada linha a profundidade de sua pesquisa. Fora toda a criatividade que esbanja em seus enredos. Cadê a salva de palmas?


Na trama, temos um serial killer literário aterrorizando os membros da Acadêmia Brasileira de Letras. O comissário Machado Machado, icônico protagonista, conduz uma caçada ao assassino em plena capital carioca de 1924. Com uma ambientação imersiva e apoio em fatos e figuras históricas, dá até para confundir o enredo desse livro com um acontecimento real. Sério, por que ainda não fiz uma resenha? A história é envolvente, as personagens são carismáticas, até diagramação é perfeita. Aplausos de novo!


A Culpa é das Estrelas


A mesma pessoa que me emprestou O Pequeno Príncipe considerou que o sucesso de John Green, A Culpa é das Estrelas, também iria me agradar. Fiquei com o livro por consideração, mas a história nunca me atraiu. Nem sei explicar o porquê, só não tenho a mínima vontade de ler. Estou torcendo para encontrar o dono logo e devolvê-lo.

E só para não ficar em branco, segue a sinopse:
Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

Assuntos aleatórios parte I: Os Cristais Revelam os Segredos do Amor


Essa edição de Os Cristais Revelam os Segredos do Amor é de 1991, cinco anos mais velha que eu. Está bem conservado para a idade.

Escrito por Brett Bravo, o livro é um guia de cristais e pedras preciosas. Fala sobre as energias das pedra, como usá-las e seus efeitos. Uma mistura de autoajuda com misticismo. Adoro! Se não me engano, uma amiga da minha mãe o trouxe para mim. Ou foi o meu pai? Ou fui eu que peguei do lixo? Ah, nem importa. É o meu xodozinho por conta de Preciosas. Tudo que envolve pedras chama minha atenção.

Assuntos aleatórios parte II: Como Encontrar o Trabalho dos seus Sonhos


Só estou pondo esse livro aqui para não fazê-lo se sentir excluído. É mais um da categoria brotou do nada, além de compor minha lista de nem li, nem lerei. Vamos ao próximo.

Assuntos aleatórios parte III: Descubra Seus Pontos Fortes


Recebi esse livro da minha couch para realizar uma espécie de teste de personalidade que vem com ele. Achei muito interessante as descrições dos pontos fortes, pois me inspiraram no desenvolvimento das personagens das minhas histórias. Hoje em dia, o mantenho como uma referência comportamental para criações.

Aventura e emoção em O Jovem Templário - livro 2


E aqui, senhoras e senhores, está o único livro comprado desse tour.

Conheci a trilogia O Jovem Templário, de Michael P. Spradlin, na biblioteca da escola. Após ler o primeiro volume, descobri que a biblioteca não possuía o segundo no acervo. A curiosidade falou mais alto e desembolsei uns tostões para comprar a sequência. Lembro que comprei pela internet e passei dias esperando o correio se dignar a entregar na minha casa. Acabei tendo que pegar na agência e, no caminho de volta, já fui logo arrebentando a embalagem para iniciar a leitura. Na época, mal sabia eu que o terceiro volume ainda nem tinha sido publicado. Uma tristeza, gente.

Porém, um longo tempo depois, tropecei no último livro nas estantes da Biblioteca Parque Estadual e, enfim, conclui a trilogia.


A série narra as aventuras do jovem Tristan, um escudeiro templário que é incumbido de proteger nada mais, nada menos que o Santo Graal. A ambientação história é riquíssima, as personagens, apaixonantes, e um enredo que dá gosto de ler. Olha, não é qualquer livro que me faz gastar dinheiro, não. E o volume dois valeu cada centavo. O problema é que eu só tenho ele, o que inviabiliza até uma resenha mais aprofundada da trilogia. Por estar bem conservado, pretendo doá-lo para o acervo da biblioteca da minha antiga escola. Se Deus quiser, em breve, estará em outras mãos.

Termina aqui o nosso tour. Lembrancinhas e lanches na saída. Lembrem de recomendar a Biblioteca Lljj para os amigos!

Ah, quem sabe um dia, né?

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