Antes de ser mochileira, antes de ser escritora, antes de ser gente, sou uma leitora. Com-pul-si-va! Tão certo como o sol nasce todo santo dia, arrumarei tempo para ler independente das condições. Durante a viagem não foi diferente. E há uma história por trás de cada livro.
Gente, só agora me dei conta de como o relato sobre Porto Alegre, em Época de Ouro, foi resumido. Passei uma semana na cidade, mas aconteceu coisa suficiente para uns dois anos. Essa série serviu para fazer justiça.
Em PoA tive uma das oportunidades mais oportunas de todas. Minha anfitriã estudava num cursinho preparatório. Ela estava empenhada em me ajudar com as pesquisas para Preciosas, e sugeriu que eu conversasse com seu professor de história. Que, aliás, manjava de botânica, possuía trejeitos peculiares e um vasto conhecimento sobre o Rio Grande do Sul. Claro que aceitei, né!
O encontro aconteceu num domingo, e durou cerca de uma hora. O professor respondeu as perguntas com clareza invejável. Ainda levou consigo uma caixa recheada de livros sobre o RS. Ele deixou que ficassem comigo e disse que poderia devolver quando quisesse.
O material era o que eu precisava para entender a dinâmica da sociedade gaúcha em certos períodos históricos. Fora que tinha a coleção Lendas Gaúchas que virou meu xodó. Carreguei comigo para vários lugares e lia sempre que tinha uma pausa.
Passei dias pensando em formas de levar alguns livros comigo. Na mochila era inviável e, por algum motivo, não considerei despachar a caixa inteira pelo Correio e mandar de volta quando acabasse de estudá-los. No fim, todos os livros ficaram na casa da anfitriã... depois que fotografei cada um deles.
Outro livro que rendeu em Porto Alegre foi o Vivendo Melhor Através da Numerologia. Já eram altas horas da madrugada quando o anfitrião revelou sua crença no poder dos números. Uma informação inesperada, porque ele não parecia alguém que acreditava em esoterismo. Ele se ofereceu para ver a numerologia do meu nome e assim o livro, que é um guia, surgiu na conversa.
Assim que entrei na casa do meu primeiro anfitrião em Bento Gonçalves, reparei num livro que estava sobre a escrivaninha. Grande, mais de quatrocentas páginas, o título Homo Deus se destacava na capa. Virou pauta na conversa. O anfitrião disse que ainda não tinha terminado a leitura, mas, se não fosse um espírita fiel, o livro o transformaria em ateu. Uma declaração forte que acendeu meu interesse no conteúdo. Desde então faz parte da minha lista de futuras leituras, só que ainda não reuni coragem para encarar um tema tão... perturbador?
Se em Bento Gonçalves entrei no tema ateísmo, em Garibaldi me encontrei dentro de uma capela vazia, lendo versículos bíblicos. A Bíblia estava sobre um púlpito logo na entrada, aberta no Salmo 91. Coincidência? Pode ser. Mas nenhuma mensagem é mais simbólica para um viajante do que esta: “Ele livrará você do laço do caçador, e da peste destruidora. Ele o cobrirá com suas penas, e debaixo de suas asas você se refugiará. O braço dele é escudo e armadura.”
Em Cotiporã tive certeza que alguém lá no céu olhava por mim. Minha estádia coincidiu com a Feira do Livro da cidade. Nem sabia que eles organizavam esse tipo de evento. Durante três dias houve apresentações, workshops universitários, lançamento de livros e encontros com autores. Inclusive tinha uma banca oferecendo vários títulos.
A melhor parte foi a chance de conhecer Adão Wons, poeta oficial de Cotiporã. Nós conversamos, trocamos contato e ganhei de presente seu livro, Transparências, autografado. Deus é bom, gente.
Lá em Flores da Cunha, no Mirante Gelain, calhou do anfitrião ser um ávido leitor de histórias de viagem. Recebi inúmeras indicações. Uma delas, o livro Pelas Trilhas de Compostela, se tornou meu companheiro recorrente. Ficava sempre ao alcance da mão. Quando surgia uma oportunidade, já estava lendo.
Em São Paulo, calhou de haver uma biblioteca pública próxima à casa da minha amiga. Ela me levou lá para dar uma voltinha. Nos primeiros cinco minutos eu já tinha esquadrinhado o acervo e localizado a prateleira da musa Nora Roberts. Por menor que seja a biblioteca, sempre tem algum livro dela, é incrível! Dessa vez, haviam vários. Entre eles, a série Família Stanislaski que eu nem sabia que existia. No mesmo dia corri atrás dos e-books. Falou Nora Roberts, estou lendo.
Puxa, adorei relembrar esses livros. Na verdade, tinha esquecido que eram tantos – e tão marcantes. Ainda tiveram os e-books que deixei de fora para não alongar a postagem. Vivi uma fase romances históricos durante a viagem. Li a série Os Hathaways, da Lisa Kleypas, em uma semana, e me apaixonei pelo estilo de escrita da Tessa Dare. Se fosse falar de tudo, isso aqui ficaria enorme.
Até a próxima!
Outras postagens da série:
Memórias de Viagem: aquele lugar...
Memórias de Viagem: aquele passeio...
Memórias de Viagem: aquela companhia...
Memórias de Viagem: aquela comida...
Memórias de Viagem: aquele perrengue...
Memórias de Viagem: aquele vídeo...
Memórias de Viagem: aquela foto...
Gente, só agora me dei conta de como o relato sobre Porto Alegre, em Época de Ouro, foi resumido. Passei uma semana na cidade, mas aconteceu coisa suficiente para uns dois anos. Essa série serviu para fazer justiça.
Em PoA tive uma das oportunidades mais oportunas de todas. Minha anfitriã estudava num cursinho preparatório. Ela estava empenhada em me ajudar com as pesquisas para Preciosas, e sugeriu que eu conversasse com seu professor de história. Que, aliás, manjava de botânica, possuía trejeitos peculiares e um vasto conhecimento sobre o Rio Grande do Sul. Claro que aceitei, né!
O encontro aconteceu num domingo, e durou cerca de uma hora. O professor respondeu as perguntas com clareza invejável. Ainda levou consigo uma caixa recheada de livros sobre o RS. Ele deixou que ficassem comigo e disse que poderia devolver quando quisesse.
O material era o que eu precisava para entender a dinâmica da sociedade gaúcha em certos períodos históricos. Fora que tinha a coleção Lendas Gaúchas que virou meu xodó. Carreguei comigo para vários lugares e lia sempre que tinha uma pausa.
Passei dias pensando em formas de levar alguns livros comigo. Na mochila era inviável e, por algum motivo, não considerei despachar a caixa inteira pelo Correio e mandar de volta quando acabasse de estudá-los. No fim, todos os livros ficaram na casa da anfitriã... depois que fotografei cada um deles.
Outro livro que rendeu em Porto Alegre foi o Vivendo Melhor Através da Numerologia. Já eram altas horas da madrugada quando o anfitrião revelou sua crença no poder dos números. Uma informação inesperada, porque ele não parecia alguém que acreditava em esoterismo. Ele se ofereceu para ver a numerologia do meu nome e assim o livro, que é um guia, surgiu na conversa.
Assim que entrei na casa do meu primeiro anfitrião em Bento Gonçalves, reparei num livro que estava sobre a escrivaninha. Grande, mais de quatrocentas páginas, o título Homo Deus se destacava na capa. Virou pauta na conversa. O anfitrião disse que ainda não tinha terminado a leitura, mas, se não fosse um espírita fiel, o livro o transformaria em ateu. Uma declaração forte que acendeu meu interesse no conteúdo. Desde então faz parte da minha lista de futuras leituras, só que ainda não reuni coragem para encarar um tema tão... perturbador?
Se em Bento Gonçalves entrei no tema ateísmo, em Garibaldi me encontrei dentro de uma capela vazia, lendo versículos bíblicos. A Bíblia estava sobre um púlpito logo na entrada, aberta no Salmo 91. Coincidência? Pode ser. Mas nenhuma mensagem é mais simbólica para um viajante do que esta: “Ele livrará você do laço do caçador, e da peste destruidora. Ele o cobrirá com suas penas, e debaixo de suas asas você se refugiará. O braço dele é escudo e armadura.”
Em Cotiporã tive certeza que alguém lá no céu olhava por mim. Minha estádia coincidiu com a Feira do Livro da cidade. Nem sabia que eles organizavam esse tipo de evento. Durante três dias houve apresentações, workshops universitários, lançamento de livros e encontros com autores. Inclusive tinha uma banca oferecendo vários títulos.
A melhor parte foi a chance de conhecer Adão Wons, poeta oficial de Cotiporã. Nós conversamos, trocamos contato e ganhei de presente seu livro, Transparências, autografado. Deus é bom, gente.
Lá em Flores da Cunha, no Mirante Gelain, calhou do anfitrião ser um ávido leitor de histórias de viagem. Recebi inúmeras indicações. Uma delas, o livro Pelas Trilhas de Compostela, se tornou meu companheiro recorrente. Ficava sempre ao alcance da mão. Quando surgia uma oportunidade, já estava lendo.
Em São Paulo, calhou de haver uma biblioteca pública próxima à casa da minha amiga. Ela me levou lá para dar uma voltinha. Nos primeiros cinco minutos eu já tinha esquadrinhado o acervo e localizado a prateleira da musa Nora Roberts. Por menor que seja a biblioteca, sempre tem algum livro dela, é incrível! Dessa vez, haviam vários. Entre eles, a série Família Stanislaski que eu nem sabia que existia. No mesmo dia corri atrás dos e-books. Falou Nora Roberts, estou lendo.
Puxa, adorei relembrar esses livros. Na verdade, tinha esquecido que eram tantos – e tão marcantes. Ainda tiveram os e-books que deixei de fora para não alongar a postagem. Vivi uma fase romances históricos durante a viagem. Li a série Os Hathaways, da Lisa Kleypas, em uma semana, e me apaixonei pelo estilo de escrita da Tessa Dare. Se fosse falar de tudo, isso aqui ficaria enorme.
Até a próxima!
Outras postagens da série:
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Memórias de Viagem: aquele vídeo...
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