quarta-feira, 21 de agosto de 2019


Memórias de Viagem: aquele lugar...

No dia 08/08 completou um ano que embarquei na aventura mais insana dessa minha curta vida. O mochilão solo que iniciei no Rio Grande do Sul terminou em Minas Gerais, dois meses depois. Registrei cada etapa da viagem aqui no blog, mas há muitos relatos e fotos que não tiveram espaço para brilhar. É hora de desencavar esses momentos.

Esta será uma série de postagens comemorativa. De hoje até a próxima quarta-feira teremos um post por dia. Todos recheados de fotos inéditas que me trazem várias recordações. E para abrir a seção nostalgia, nada como lembrar aqueles lugares especiais que valeram a viagem inteirinha.

Com vocês:


Porto Alegre foi meu primeiro destino, onde passei uma semana me ambientando ao clima e cultura gaúchos. Foram inúmeros os lugares que visitei, porém o mais especial de todos é uma casa. Uma casa onde fui acolhida de braços abertos por um casal maravilhoso, que foram os melhores anfitriões que uma mochileira novata poderia encontrar. Ali, aprendi a tomar chimarrão, comi um típico churrasco gaúcho, conversei até de madrugada, desvendei os mistérios da numerologia e percebi como tem gente legal nesse mundo, só temos que nos permitir conhece-las.


Outro cantinho de PoA, dessa vez um ponto turístico, é o Parque Farroupilha. Acredito que não haja nenhum metro quadrado desse parque que eu não tenha cruzado, seja caminhando ou pedalando. Era como entrar num bosque encantado, marcado pelo silêncio bucólico e uma brisa fria. Nossa, bate até uma saudade ao lembrar. Havia uma alegria infantil em desbravar suas trilhas e caminhos. Eu só conseguia pensar em quantas cenas dos meus livros poderiam ser ambientadas ali.


Tenho um lugar simbólico para citar: rodoviárias. Isso mesmo, no plural. Passei por um monte delas na minha subida pela Serra Gaúcha, e tantas outras até voltar ao Rio de Janeiro. Vi de todos os tipos. Das minúsculas de cidade pequena, que não passavam de pontos de ônibus; às colossais, que mais pareciam aeroportos. Só que há algo em comum nelas, um sentimento palpável que sempre me atingia: expectativa. Qualquer pessoa numa rodoviária espera alguma coisa, seja uma chegada ou uma partida. Essa é a essência da viagem: o deslocamento, o despedir e reencontrar. Adoro rodoviárias.


Eu já dediquei uma postagem inteira para esse lugar, mas não posso deixar de citá-lo novamente. Minha conexão com Garibaldi ainda é algo que tento entender. Bastou entrar na cidade para que me apaixonasse. Não sei, talvez seja por ser uma clara oposição ao cenário que tenho no Rio. As ruas são limpinhas, as construções, arrumadinhas. Os ares típicos de cidade pequena. Vejo as fotos com um carinho quase romântico. Minha paixão de inverno.


O Mirante Gelain é, sem dúvida, O lugar. Localizado em Flores da Cunha, se transformou na minha residência fixa por umas três semanas. Eu morei ali. Em meio a natureza, com uma vista de tirar o fôlego e companhias inesquecíveis. Quando fui embora senti novamente que deixava um lar para trás. A despedida mais difícil e significativa da viagem. Até hoje os dias passados na vagarosa rotina do Mirante ecoam nos meus pensamentos.


Não é segredo para ninguém que adorei a passagem por São Paulo. Eu tinha uma ideia bem negativa em relação a cidade e foi uma surpresa descobrir que não era tão ruim assim – na verdade, é muito legal! O lugar da capital paulista mais presente nas minhas lembranças é, rufem os tambores, a CPTM. Por quê? Bem, depois da longa temporada em cidades pequenas, eu sentia falta dos transportes públicos. A malha viária de SP dava um nó na minha cabeça, mas eu curtia cada segundo dentro dos vagões. O bilhete de integração era um luxo que até tinha esquecido que existia. Fora que o corre-corre de cidade grande foi um balsamo na minha alma metropolitana.


Belo Horizonte foi minha segunda parada em solo mineiro e marcou a reta final do roteiro. Só tive um dia disponível para conhecer a região, o que até hoje causa uma dor no meu peito. Mas se tem uma visita que valeu a pena, com certeza, foi essa. E tudo graças ao Memorial Minas Gerais Vale. Simplesmente o museu mais INCRÍVEL que já tive a honra de entrar. Não tenho palavras, só fotos.


É isso aí, galera!

Estou contente demais por revisitar esses momentos. O problema é que muito outros vieram a minha cabeça, mas novamente não tem espaço para todos. Talvez eu crie uma parte dois no futuro. Quem sabe...

Amanhã tem a sequência da série. Até lá!



Outras postagens da série
Memórias de Viagem: aquele passeio...
Memórias de Viagem: aquela companhia...
Memórias de Viagem: aquele livro...
Memórias de Viagem: aquela comida...
Memórias de Viagem: aquele perrengue...
Memórias de Viagem: aquele vídeo...
Memórias de Viagem: aquela foto...
Compartilhe
Comentários
0

0 comentários:

 
lljj. - COPYRIGHT © 2018 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.
LAYOUT E PROGRAMAÇÃO HR Criações