Para tudo! Vamos esquecer a resenha – e o livro – anterior da série Senhores do Submundo. Bora fingir que nunca aconteceu, foi apenas um sonho muito, muito ruim, ok? Então agora deixa eu falar de A Paixão Mais Sombria, o quinto livro da série, que é simplesmente espetacular!
Aeron, guardião do demônio Ira, foi um personagem recorrente ao longo da série e já passou por poucas e boas. No primeiro livro, foi escolhido como mensageiro dos deuses e trouxe as revelações que marcaram o início de Senhores do Submundo. No segundo livro, estava sob os efeitos sanguinários de uma maldição divina. No terceiro, desempenhou papel central no enredo e livrou-se da maldição, além de encontrar sua amiga-demônio, Legião. O quarto livro a gente esqueceu, então deixa pra lá.
Até aqui deu para entender que Aeron tem um ímã para desgraça. O que é muito injusto porque ele é uma pessoa maravilhosa em vários aspectos. No primeiro capítulo do quinto livro, ele está com Paris, ajudando-o a superar a perda da amada. Aeron está disposto a tirar o amigo da fossa, porém, durante uma brincadeira, comete um grave erro: desafia os deuses a enviarem uma mulher que o encante, que o faça rastejar e implorar por seu amor, assim poderia entender o que Paris estava sentindo.
O destino já gosta de judiar desse pobre coitado, ele ainda fica provocando. Não deu outra: uma mulher apareceu.
Olívia, um anjo de pura luz, foi incumbida de assassinar Aeron. Após se mostrar incapaz de completar a missão, ela perdeu sua... angelidade? Bem, se tornou um anjo caído, condenada a passar o resto de seus dias vivendo como humana. Assim que chegou na terra, foi direto bater à porta de Aeron, já que ele é a razão de sua queda. O problema é que Aeron não faz ideia de quem ela seja e o porquê dela querer ficar com ele.
E para complicar ainda mais a vida do protagonista, temos um terceiro elemento nessa história: Legião. Ela é um demônio que Aeron conheceu durante uma curta estadia no inferno. Ambos desenvolveram uma conexão. Contudo, enquanto Aeron enxerga Legião como uma filha postiça, a demônia, o vê como futuro marido.
O romance se desenvolve de forma fluida, muitas vezes divertida. Olívia é uma mistura de inocência e safadeza. Ela quer conhecer os prazeres humanos e elegeu Aeron como instrutor. Aeron só quer um pouco de paz em sua vida, o que fica quase impossível ao lado dessa anja danadinha. Não temos um triângulo amoroso propriamente dito, pois Legião é irrelevante até meados do livro, quando toma uma atitude que põe a vida de todos os Senhores em risco.
Aliás, o desenvolvimento das outras personagens continua firme e forte. Destaco a própria Legião, que surpreendeu com um arco cheio de reviravoltas e terminou com um destino incerto. Strider, guardião do demônio Derrota, teve uma participação mais ativa para encantar os leitores com sua personalidade. Paris, que eu sempre tenho que citar, começou a dar vislumbres de uma possível superação do luto. William, meu guerreiro preferido, deu iniciou ao seu próprio desenvolvimento, que está atrelado à Gilly, uma adolescente que apareceu no terceiro livro. Gideon, guardião de Mentiras, recebeu uma notícia que preparou o terreno para sua história, que será contada no próximo volume da série.
Isso é só um pouco do que rolou em A Paixão Mais Sombria. O enredo está recheado de plot-twist, tendo o maior deles sendo revelado nas últimas páginas. Sério, foi perfeito! Preciso comentar, então se preparem.
ALERTA DE SPOILER: Que final, meus amigos, que final! Começando com a morte de Aeron que triturou meu coração. A despedida de Ira foi curta, embora significativa. No caso, portador e demônio tinham certo companheirismo. Senti o vazio que o rompimento da conexão causou. E como se já não fosse o bastante, Aeron vai parar no limbo e lá encontra quem? Baden, o Senhor que foi morto pelos Caçadores milênios atrás. Cara, que reencontro lindo! E Baden ainda lançou a bomba das bombas, dizendo que pode voltar a vida com a ajuda da caixa de Pandora. Eu realmente não esperava por isso, e não sei bem se gostei... porém, quando a Olívia chegou para buscar Aeron e o Baden percebeu que continuaria sozinho, bateu aquela dor no peito de novo. Tadinho. Chorei com os recados que ele mandou para os amigos. Então a história acabou. Sem mais, nem menos. Acabou. Ficou somente aquela sensação de urgência para ler o próximo livro e descobrir o que aconteceu. E isso, galera, tornou o final perfeito para mim. Gosto da expectativa, da ansiedade para continuar. Gena escolheu o melhor momento para encerrar esse livro. Palmas.
A Paixão Mais Sombria ganhou o título de melhor livro da série até agora. O enredo foi bem trabalhado com humor, tensão, ação e drama. O romance foi construído de forma agradável, os protagonistas são incríveis. O final é a melhor parte. Uma conclusão digna, arrebatadora e que deixa um gostinho de quero mais. Sem dúvida, uma ótima história. Novamente, me considero fã da Gena Showalter.
OBS.: A Paixão Mais Sombria possuí referências ao conto O Anjo Mais Sombrio. Leia também!
Resenhas anteriores da série Senhores do Mundo Subterrâneo:
1- A Noite Mais Sombria
2- O Beijo Mais Sombrio
3- O Prazer Mais Sombrio
4- O Sussurro Mais Sombrio
5- A Paixão Mais Sombria (atual)
6- A Mentira Mais Sombria
7- O Segredo Mais Sombrio
Título: A Paixão Mais Sombria
Gênero: Romance sobrenatural
Autor: Gena Showalter
Editora: Harlequin
Páginas: 292
Série Senhores do Mundo Subterrâneo* – 5
Sinopse: Havia muitas semanas que Aeron sentia uma invisível presença feminina. Um ser celestial — ou demônio assassino — fora enviado para matá-lo. Olivia afirmava ser um anjo que fora expulso do paraíso ao renunciar a sua imortalidade, pois não suportaria fazer mal a Aeron. Confiar e se apaixonar por Olivia seria arriscado para todos os Senhores. Então, como aquela “mortal” de grandes olhos azuis conseguira desatrelar a paixão mais sombria em Aeron? E agora, com um inimigo cada vez mais próximo e seu fiel demônio decidido a afastar Olivia de vez, Aeron está dividido entre o dever e o desejo. Pior: um novo algoz surge com a missão de terminar o trabalho inacabado de Olivia.
*Senhores do Mundo Subterrâneo foi o título que a série recebeu no Brasil, porém eu prefiro chamá-la de Senhores do Submundo, que é mais simples e a tradução literal do título original, Lords of the Underworld. Não estranhem caso eu troque.
Aeron, guardião do demônio Ira, foi um personagem recorrente ao longo da série e já passou por poucas e boas. No primeiro livro, foi escolhido como mensageiro dos deuses e trouxe as revelações que marcaram o início de Senhores do Submundo. No segundo livro, estava sob os efeitos sanguinários de uma maldição divina. No terceiro, desempenhou papel central no enredo e livrou-se da maldição, além de encontrar sua amiga-demônio, Legião. O quarto livro a gente esqueceu, então deixa pra lá.
Até aqui deu para entender que Aeron tem um ímã para desgraça. O que é muito injusto porque ele é uma pessoa maravilhosa em vários aspectos. No primeiro capítulo do quinto livro, ele está com Paris, ajudando-o a superar a perda da amada. Aeron está disposto a tirar o amigo da fossa, porém, durante uma brincadeira, comete um grave erro: desafia os deuses a enviarem uma mulher que o encante, que o faça rastejar e implorar por seu amor, assim poderia entender o que Paris estava sentindo.
O destino já gosta de judiar desse pobre coitado, ele ainda fica provocando. Não deu outra: uma mulher apareceu.
Olívia, um anjo de pura luz, foi incumbida de assassinar Aeron. Após se mostrar incapaz de completar a missão, ela perdeu sua... angelidade? Bem, se tornou um anjo caído, condenada a passar o resto de seus dias vivendo como humana. Assim que chegou na terra, foi direto bater à porta de Aeron, já que ele é a razão de sua queda. O problema é que Aeron não faz ideia de quem ela seja e o porquê dela querer ficar com ele.
E para complicar ainda mais a vida do protagonista, temos um terceiro elemento nessa história: Legião. Ela é um demônio que Aeron conheceu durante uma curta estadia no inferno. Ambos desenvolveram uma conexão. Contudo, enquanto Aeron enxerga Legião como uma filha postiça, a demônia, o vê como futuro marido.
O romance se desenvolve de forma fluida, muitas vezes divertida. Olívia é uma mistura de inocência e safadeza. Ela quer conhecer os prazeres humanos e elegeu Aeron como instrutor. Aeron só quer um pouco de paz em sua vida, o que fica quase impossível ao lado dessa anja danadinha. Não temos um triângulo amoroso propriamente dito, pois Legião é irrelevante até meados do livro, quando toma uma atitude que põe a vida de todos os Senhores em risco.
Aliás, o desenvolvimento das outras personagens continua firme e forte. Destaco a própria Legião, que surpreendeu com um arco cheio de reviravoltas e terminou com um destino incerto. Strider, guardião do demônio Derrota, teve uma participação mais ativa para encantar os leitores com sua personalidade. Paris, que eu sempre tenho que citar, começou a dar vislumbres de uma possível superação do luto. William, meu guerreiro preferido, deu iniciou ao seu próprio desenvolvimento, que está atrelado à Gilly, uma adolescente que apareceu no terceiro livro. Gideon, guardião de Mentiras, recebeu uma notícia que preparou o terreno para sua história, que será contada no próximo volume da série.
Isso é só um pouco do que rolou em A Paixão Mais Sombria. O enredo está recheado de plot-twist, tendo o maior deles sendo revelado nas últimas páginas. Sério, foi perfeito! Preciso comentar, então se preparem.
ALERTA DE SPOILER: Que final, meus amigos, que final! Começando com a morte de Aeron que triturou meu coração. A despedida de Ira foi curta, embora significativa. No caso, portador e demônio tinham certo companheirismo. Senti o vazio que o rompimento da conexão causou. E como se já não fosse o bastante, Aeron vai parar no limbo e lá encontra quem? Baden, o Senhor que foi morto pelos Caçadores milênios atrás. Cara, que reencontro lindo! E Baden ainda lançou a bomba das bombas, dizendo que pode voltar a vida com a ajuda da caixa de Pandora. Eu realmente não esperava por isso, e não sei bem se gostei... porém, quando a Olívia chegou para buscar Aeron e o Baden percebeu que continuaria sozinho, bateu aquela dor no peito de novo. Tadinho. Chorei com os recados que ele mandou para os amigos. Então a história acabou. Sem mais, nem menos. Acabou. Ficou somente aquela sensação de urgência para ler o próximo livro e descobrir o que aconteceu. E isso, galera, tornou o final perfeito para mim. Gosto da expectativa, da ansiedade para continuar. Gena escolheu o melhor momento para encerrar esse livro. Palmas.
A Paixão Mais Sombria ganhou o título de melhor livro da série até agora. O enredo foi bem trabalhado com humor, tensão, ação e drama. O romance foi construído de forma agradável, os protagonistas são incríveis. O final é a melhor parte. Uma conclusão digna, arrebatadora e que deixa um gostinho de quero mais. Sem dúvida, uma ótima história. Novamente, me considero fã da Gena Showalter.
OBS.: A Paixão Mais Sombria possuí referências ao conto O Anjo Mais Sombrio. Leia também!
Resenhas anteriores da série Senhores do Mundo Subterrâneo:
1- A Noite Mais Sombria
2- O Beijo Mais Sombrio
3- O Prazer Mais Sombrio
4- O Sussurro Mais Sombrio
5- A Paixão Mais Sombria (atual)
6- A Mentira Mais Sombria
7- O Segredo Mais Sombrio
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